É um dos idealizadores da Semana da Arte Moderna
Autor das capas do catálogo e do programa
Expõe em São Paulo os desenhos originais do álbum Fantoches da meia-noite, que satirizam a elite brasileira
Defende a arte realista e social - aspéctos para os quais sua obra sempre apontou
O que há em Di Cavalcante de intrinsecamente brasileiro, leva-o a uma interpretação pessoal, a uma espécie de tradução para o mulato das mulheres clássicas e um pouco de olímpicas de Picasso, dando-lhes um frêmito, uma malícia e uma indolência que elas não tinham.
(Em sua primeira viagem para a Europa, teve contato com as obras de Picasso)
Mulheres na janela
Samba
Mulatas
Cinco moças de Guaratinguetá
Esse tema e essa composição evidenciam a influência que Les demoiselles d' Avignon de Picasso exerceu sobre o artista carioca
Mulher e paisagem
A paleta é muito mais luminosa e a aproximação com Matisse torna-se marcante
Di Cavalcante cria um segundo plano que não se sabe ao certo se é uma pintura dentro da outra ou um balcão que se abre para o mar
O excesso de detalhes (os riscos verticais e horizontais na franja do travesseiro, nas persianas, no pé da cama e nas cortinas) também remete a rica padronagem das pinturas de Matisse
Não há nenhuma preocupação de ordem realista/naturalista em retratar a mulata que protagoniza a cena
Ao contrário, as deformações de seu corpo, assim como a geometria pouco precisa da persiana levemente inclinada e do lençol desarrumado criam um clina de lassidão, ao mesmo tempo em que afirmam que seu interesse maior é a pintura.
As mulheres de Di Cavalcanti não são sofridas ou solitárias, transbordam languidez, erotismo e sensualidade, associando os prazeres da vida que o artista.
História da arte moderna
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